quinta-feira, março 29, 2012

a rosa do nada


Ninguém nos moldará de novo em terra e barro,
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.

Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direcção
a ti.

Um Nada
fomos, somos, continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.

[Paul Celan – trecho de “salmos”]



Um comentário:

  1. E como é!!!!

    Mudando o assunto...
    Vms trabalhar então D. Meiri rssssssssss...

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